InfoLeite

Dicas, notícias e tudo sobre o mundo da pecuária de leite para produtores sempre bem informados!

Sanidade: um dos maiores desafios da produção leiteira

Será que você está cuidando bem da sanidade do seu rebanho? Leia este texto e confira dicas de manejo para garantir a saúde dos animais!

Sanidade: um dos maiores desafios da produção leiteira

Focar em ações que evitem que os animais adoeçam é essencial na bovinocultura leiteira. Além da vacinação em dia, é preciso ficar atento ao manejo correto e até ao controle da parasitose, para manter a sanidade do rebanho.

São muitos os desafios do produtor rural nesse setor, que vão desde a mão de obra treinada, para exercer a atividade com perfeição, até os custos. Contudo, mesmo que manter a sanidade do rebanho possa parecer caro, é importante saber que, além de fundamental, é mais barato do que tratar uma vaca doente!

Conheça algumas práticas que visam garantir a sanidade do rebanho leiteiro e verifique se você já aplica em sua propriedade.

Sanidade em animais prenhes ou no pré-parto

Secar a vaca quando ela chega ao sétimo mês de gestação faz parte das medidas de sanidade do rebanho. O período de dois meses servirá para que o animal recupere o escore corporal e se prepare para a próxima lactação.

O ideal é usar antibiótico intramamário apropriado para que o processo seja realizado corretamente, sem o risco de mamite.

É preciso ter um parto maternidade, preferencialmente perto do curral, para que o animal seja acompanhado e, caso se faça necessário, receba atendimento de médico veterinário.

Importante ressaltar que o ideal é interferir o mínimo possível em um parto. O profissional irá avaliar se é preciso realizar algum procedimento ou não.

Animais recém-nascidos

Além das vacas, é preciso ter cuidados especiais com o bezerro. O animal precisa mamar o colostro nas primeiras horas após o nascimento para que os anticorpos sejam absorvidos.

A taxa máxima de absorção de nutrientes acontece de 6 a 10 horas após o nascimento. É preciso acompanhar e certificar-se de que o bezerro mamou.

Dessa forma, é preciso que o bezerro fique pelo menos as primeiras 24 horas com a mãe. Caso isso não seja possível, é preciso alimentá-lo com o colostro, no mínimo a cada 12 horas. Além do colostro, deve-se ter uma atenção especial com o umbigo do bezerro.

Além de cortá-lo, você deve embebê-lo em uma solução de iodo a 10% para evitar que inflame e que o filhote adoeça.

Vacinação de gado de leite

É praticamente impossível falar em sanidade do rebanho leiteiro, sem falar sobre vacinação. A vacina é a melhor maneira de proteger o gado de diversas doenças.

O protocolo vacinal correto deverá ser determinado pelo médico veterinário. Porém, dentre as mais comuns estão as que tratam os seguintes problemas:

 

  • Brucelose Bovina: doença causada pela bactéria Brucella abortus, que causa infertilidade nas fêmeas e aborto. A aplicação da vacina é feita entre três e oito meses de vida. Machos não são vacinados;

 

  • Clostridiose: pode causar diarreia. Machos e fêmeas devem ser vacinados a partir dos três meses de vida;

 

  • Botulismo: intoxicação causada pela toxina botulínica. Machos e fêmeas devem ser vacinados a partir dos três meses de vida;

 

  • Febre Aftosa: a vacina é obrigatória. Protege o animal do vírus da febre aftosa. A vacinação deve ser feita em todo o rebanho, de acordo com a orientação do órgão de defesa agropecuária da região;

 

  • Leptospirose: doença causada por bactérias do gênero Leptospira. Elas podem causar infertilidade, aborto, mastite e, em alguns casos, morte. Machos e fêmeas devem ser vacinados a partir dos três meses de vida, com reforço após 30 dias para os animais vacinados pela primeira vez;

 

  • Raiva: No geral, a vacina é aplicada anualmente em todo o rebanho, mas pode seguir a orientação do órgão de defesa agropecuária da região.

 

E então, está cuidando bem do seu rebanho? Continue navegando em nosso blog para mais conteúdos sobre produção leiteira!