Cabe ao produtor ficar atento e realizar o manejo sanitário corretamente, para evitar gastos com medicamentos, tratamentos e até perda de animais. Além disso, muitas das principais doenças podem ser evitadas com a vacinação em dia.
Conheça alguns problemas comuns em vacas leiteiras e descubra como evitá-los
1. Mastite é uma doença frequente em vacas leiteiras
Todo produtor de leite já sofreu com casos de mastite, também chamada de mamite, em seu rebanho. Na maioria das vezes, a inflamação da glândula mamária é causada por bactérias.
A doença traz prejuízos financeiros, pois além do gasto com medicamentos, o leite deve ser descartado até que termine o período de carência da medicação usada. Além disso, a produção leiteira da vaca cai e não é recuperada na mesma lactação.
Em casos mais graves, a mamite pode dar febre e, dependendo da bactéria causadora, pode levar à perda do quarto mamário afetado ou até morte do animal
Uma vaca acometida com a doença pode espalhar para o restante do rebanho, caso o produtor não faça o manejo correto.
Para evitar isso, esses animais devem ser ordenhados por último e separados dos demais. Também é necessário que o leite seja descartado e seja feito o uso de antibioticoterapia intramamária ou sistêmica, de acordo com o protocolo do médico veterinário.
Para evitar a presença de mastite em seu rebanho é preciso:
- Se preocupar com a higiene da ordenha
- Realizar o pré-dipping
- Fazer o pós-dipping
- Fazer o teste da caneca
- Fazer o CMT (teste de placa) para identificar animais com mastite subclínica e evitar o desenvolvimento da doença.
2. Babesiose ou anaplasmose, conhecidas como tristeza parasitária bovina
O quadro, que é popularmente chamado de tristeza parasitária, pode ser causado pelo protozoário que causa a babesiose ou pela bactéria que leva o animal a um quadro de anaplasmose.
Muitas vezes, as duas doenças podem acometer as vacas leiteiras ao mesmo tempo, pois ambas são transmitidas por carrapatos portadores dos agentes causadores.
Dentre os sinais apresentados podem ser destacados:
- Anemia
- Queda na produção de leite
- Urina com sangue
- Fraqueza
- Febre
- Icterícia
- Desidratação
- Apatia
- Inapetência
- Respiração ofegante.
O controle integrado do carrapato pode ajudar a evitar que a doença apareça.
3. Brucelose
Vacas leiteiras positivas para brucelose devem ser abatidas. A doença é uma zoonose e pode ser transmitida pelo leite contaminado.
No animal, a doença causa aborto quando a vaca estiver no terço final de gestação. Para evitar, é preciso que as fêmeas sejam vacinadas quando tiverem entre 3 e 8 meses de idade. Depois disso, se a vacina não tiver sido aplicada, ela não poderá mais ser usada.
Quando o animal é vacinado mais velho, ele acaba acusando um falso positivo no exame para detectar brucelose, ou seja, o exame dá positivo, mas na verdade o animal só tem uma reação da vacina aplicada no período errado.
Por isso, o produtor deve anotar a data do nascimento das bezerras e informar para o médico veterinário. Por se tratar de uma zoonose, só o profissional poderá aplicar a vacina. Não é preciso revacinar, ou seja, o animal toma uma dose única durante toda a vida.
Cuidar da saúde do rebanho é essencial para evitar a morte de animais e prejuízos com medicamentos. Como você está cuidando do seu?
Referências:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/929737/1/500perguntasgadoleite.pdf
http://www.pesagro.rj.gov.br/downloads/riorural/38Boas_Praticas_Bovinocultura_Leiteira.pdf
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/5birfPwQOBxdHFp_2013-6-26-11-19-44.pdf
http://cbra.org.br/portal/downloads/publicacoes/rbra/v41/n1/p133-139 (RB668).pdf