Quem trabalha com a produção de leite sabe que o desempenho reprodutivo está diretamente ligado à produtividade por animal. Sendo assim, os rebanhos que apresentam baixa eficiência reprodutiva tendem a apresentar resultados produtivos ruins. Assim, a IATF é uma prática super recomendada nos rebanhos leiteiros para solucionar este problema!
O grande desafio que é vencido com auxílio da Inseminação Artificial em Tempo Fixo, ou IATF, é o de emprenhar mais vacas em menos tempo. O processo pode ocorrer até mesmo sem a necessidade de detecção do cio das fêmeas. A prática vai apresentar efeito positivo também nos animais com ausência de cio (anestro).
Neste caso, a IATF acaba induzindo o ciclo nas fêmeas, colaborando para que a sua eficiência reprodutiva seja aprimorada. Precisamos lembrar que a técnica acaba promovendo a redução de período ocioso nas vacas leiteiras. Um dos reflexos é o palpável melhoramento genético. Explicaremos melhor todos os resultados positivos no tópico seguinte.
Entenda por que a IATF é uma prática eficiente para rebanhos leiteiros
A IATF é uma ferramenta de alta viabilidade, o que significa que ela pode se tornar facilmente uma prática rotineira de manejo reprodutivo. É interessante notar que ela consegue atingir a mesma taxa de reprodução da inseminação artificial por observação de cio.
Ao mesmo tempo, ela diminui o intervalo entre partos, como vimos na introdução. Chega-se, com este processo, muito próximo do que seria considerado um intervalo ideal, em torno de 12 meses. Outro efeito que advém da técnica é o aumento na homogeneidade dos bezerros.
Ademais, os nascimentos ficam concentrados, o que impacta enormemente na produção de leite. Intensificar e manter a taxa de prenhez é indispensável para uma produção contínua e eficiente do seu rebanho. No mais, devemos ressaltar que diversos protocolos foram desenvolvidos para tratar as fêmeas leiteiras do rebanho brasileiro.
Exemplo de manejos propostos com IATF
O protocolo de base é voltado para animais mestiços que tenham um nível de produção de leite entre médio e baixo. A técnica consiste na aplicação de 400 UI e eCG no momento de retirada do dispositivo. Pode ser utilizado ainda Sincroforte durante a IATF.
Sabendo por que a IATF é uma prática muito recomendada nos rebanhos leiteiros, podemos adotar o protocolo desafio também. Ele foi criado para as fêmeas cujas condições reprodutivas são mais complicadas. Geralmente, são animais que sofrem de estresse térmico ou que ingerem altas doses de matéria seca.
Entre as diferenças do protocolo está a administração de Sincroforte no dia 0. Também é comum a aplicação de PGF para que aumente a luteólise do corpo lúteo. Posteriormente, no quarto dia após a IATF, é aplicado Sincrogest Injetável para estimular o desenvolvimento do novo embrião. Além, é claro, de melhorar a preparação do corpo da fêmea para a gestação.
Conclusão
Você conferiu neste artigo porque a IATF é uma prática bastante aconselhada nos rebanhos leiteiros. Os ganhos em termos de eficiência reprodutiva são bem documentados. Cabe salientar que a atuação do médico veterinário durante este processo é fundamental. Não basta apenas orientar a atividade, mas também determinar o melhor protocolo em cada caso.
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