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Quando uma vaca passa pelo período gestacional, é preciso extrema atenção para garantir que sua recuperação será saudável e não afetará seu desempenho reprodutivo futuro.

Entre as enfermidades que podem atingir o animal durante esse período, está a retenção de placenta depois do parto.

Para entender as causas e consequências desse problema e saber proceder com as vacas do seu rebanho se elas forem atingidas, leia as explicações que daremos a seguir.

Retenção de placenta: o que é? Por que ocorre?

No processo de parto, o normal é que a vaca passe por três processos distintos: a dilatação de seu canal vaginal, o nascimento do feto e, por fim, a expulsão da placenta. Se isso não acontecer em até 12 horas após o parto, a vaca apresenta um quadro de retenção de placenta.

A retenção de placenta é ocasionada por falhas na produção do hormônio cortisol, responsável por identificar a placenta como um corpo estranho e ocasionar sua expulsão. Os principais motivos para essa falha são:

• falha de manejo durante o parto;

• deficiência nutricional durante a gestação, em especial falta de vitamina E e selênio;

• duração anormal da gestação;

• parto complicado e que cause muito estresse à vaca;

• deficiências imunológicas.

As principais consequências da retenção de placenta são a diminuição do desempenho produtivo da vaca, uma vez que ela demora mais para se recuperar da gestação, além de possíveis infecções uterinas de repetição e, por fim, diminuição da fertilidade do animal.

Portanto, para evitar problemas sérios no seu rebanho, é importante tratar a retenção de placenta.

Retenção de placenta: como tratar?

Como pudemos ver, existem diversas causas para a retenção de placenta. Para evitar que esse problema atinja o rebanho de forma geral, é muito importante identificar a causa e, se possível, tomar as medidas preventivas necessárias para que a enfermidade cesse.

Portanto, a prevenção é o melhor remédio.

É possível prevenir a retenção de planeta desenvolvendo programas de nutrição e fazendo um manejo cuidadoso das vacas gestantes.

O mais importante é otimizar o sistema imunológico dos animais, para que não haja problemas na produção de cortisol.

Porém, obviamente, existem ocasiões em que não é possível prevenir a retenção de placenta. Nesses casos, não se recomenda a remoção manual da placenta, pois existe um risco muito grande de infecção.

É recomendável remover apenas a parte que já está solta, e esperar que o resto seja expulso sozinho em até sete dias.

Não é possível acelerar, com medicamentos ou hormônios, a expulsão da placenta. Os tratamentos, além de não serem eficazes, podem causar estresse ao organismo da vaca.

Se não for possível controlar preventivamente, é preciso esperar até que ela descole naturalmente. A única coisa que pode facilitar o processo e não traz consequências é dar à vaca um pouco de água morna.

Caso a vaca apresente sintomas durante esse período, tais como febre, baixo apetite e cauda levantada, é necessário conduzir a antibioticoterapia sistêmica, preferencialmente com oxitetracilina (50ml/vaca) , por três dias.

É importante que o tratamento com antibiótico só seja feito em vacas que apresentem sintomas durante a retenção de placenta, já que o antibiótico pode matar também as bactérias que seriam responsáveis pela limpeza do útero do animal.

Agora você já sabe como proceder com a vacas do seu rebanho que apresentem retenção de placenta. Siga as dicas aqui apresentadas e garanta o desempenho reprodutivo do seu rebanho!