Aumentar a taxa de prenhez de um rebanho é uma questão extremamente importante para quem trabalha com produção leiteira, já que é a eficiência reprodutiva dos animais que possibilitará retorno econômico para o sistema de produção.
A taxa de prenhez indica o percentual de vacas que se tornam gestantes, considerando os números de vacas aptas do rebanho, em um período de 21 dias.
Por meio dessa análise, o produtor terá condições de verificar a eficiência reprodutiva da sua criação e adotar medidas preventivas para obter melhora, caso seja necessário.
Confira neste artigo as melhores dicas de como aumentar a taxa de prenhez do seu rebanho!
Respeitar o período de espera voluntário (PEV)
O período de espera voluntário é o tempo de espera de em média 45 a 60 dias que as vacas precisam após o parto, para que retornem à produção. Há possibilidade de intervalos mais curtos (30 dias) ou mais longos (90 dias).
O intervalo exato está relacionado a alguns fatores como raça, grau de sangue, época do ano, ordem de parto e ocorrência, ou não, de doenças no pós-parto.
É muito importante que o PEV seja respeitado, mesmo que a vaca esteja no cio antes do tempo de espera. Isso porque trata-se de uma questão fisiológica do animal e envolve a recuperação do seu sistema reprodutivo.
Reduzir os intervalos de parto
Não há dúvida de que um dos melhores métodos para aumentar a taxa de prenhez e o fator que vai interferir diretamente nos resultados é reduzir o intervalo de parto, sempre respeitando o PEV.
Essa medida possibilita aumento bastante significativo da produção por vaca por dia. Cada 30 dias a menos de intervalo entre partos é capaz de resultar em 8% a mais da produção de leite, de acordo com informações da Fundação Rodge.
Optar por inseminadores com excelente desempenho
É preciso adotar todas as medidas para que os funcionários envolvidos no processo de inseminação estejam preparados e bem treinados para o trabalho.
Ter uma equipe composta por bons inseminadores interfere em todos os índices reprodutivos e principalmente na taxa de prenhez. Desse modo, é indicado que se invista na capacitação desses trabalhadores, oferecendo cursos, treinamentos e o acompanhamento constante de um veterinário competente e, também, comprometido.
É necessário ainda conscientizar cada inseminador sobre a importância do desempenho de suas funções e o quanto seu trabalho interfere nos bons resultados.
Preocupar-se com a qualidade do sêmen
A fertilidade das fêmeas não é o único fator importante na produção. A qualidade do sêmen é responsável por 50% do sucesso de uma gestação, segundo a Revista Leite Integral. Por esse motivo, quando se adota a inseminação artificial, o sêmen utilizado precisa vir de centrais confiáveis, mediante testes de fertilidade.
Deve-se ter cuidado ainda com a manipulação que deve ser feita apenas por pessoas treinadas. O armazenamento e o descongelamento do sêmen também são fatores cruciais e devem respeitar um protocolo específico para não prejudicarem a estrutura dos espermatozoides e comprometerem a fertilidade do sêmen.
Se o processo adotado for a monta natural, os touros precisam passar por uma avaliação e por exames andrológicos completos para descartar os animais subférteis.
Os rebanhos precisam ainda ser submetidos a um rigoroso controle sanitário, a fim de evitar a disseminação de doenças que possam interferir na reprodução, além estarem sob conforto térmico.
Esperamos que esse conteúdo tenha sido útil para sua produção! Compartilhe e continue navegando em nosso blog para mais textos como este!